O Centro da cidade… na Barra

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no Globo 24/11

Shopping Metropolitano, ainda em construção, é o primeiro grande empreendimento do Centro Metropolitano da Guanabara Felipe Hanower

RIO — A poeira ainda subia e uma lama de terra avermelhada sujava os calçados de quem trabalhava no canteiro de obras do Shopping Metropolitano quando, com exclusividade, O GLOBO-Barra visitou o espaço, dias antes da inauguração, marcada para 5 de dezembro. Ocupando 45 mil m² na Avenida Embaixador Abelardo Bueno, o empreendimento faz parte do Centro Metropolitano da Guanabara — uma área de quase cinco quilômetros quadrados, ou cerca de 10% da Barra —, concebido pelo arquiteto e urbanista Lucio Costa em 1969 para ser o novo Centro da cidade. O shopping é o filho primogênito a nascer. Em seguida, virão o hotel Hilton e prédios empresariais.

Resultado de uma parceria entre a Cyrela Commercial Properties (CCP) e a Carvalho Hosken, o shopping chegou a ter sua abertura anunciada para esta terça-feira, mas um problema com o fornecimento de energia elétrica adiou-a. Entre as novidades que a construção traz, duas saltam aos olhos. A primeira é um jardim vertical, de 1.600m², vista inclusive por quem passa de carro pela Abelardo Bueno. É a segunda maior parede verde do mundo, de acordo com registros do Guinness. Só perde para uma dos Emirados Árabes, erguida em março, com pouco mais de 2 mil m². Outro diferencial são quatro painéis que circundam a praça de alimentação, retratando as Zonas Oeste, Norte e Sul e a Baía de Guanabara. Todos foram desenhados pela artista plástica francesa Dominique Jardy, radicada no Rio há 29 anos e responsável por quadros pictóricos de Copacabana Palace, Marriot, Windsor e outros grandes hotéis.

— Esta é a primeira vez que meu trabalho é usado dentro de um shopping — conta Dominique, que levou três meses para aprontar as obras.

A artista pintou telas que foram fotografadas, reproduzidas em maior escala e transformadas em grandes painéis, de dez metros de altura cada um, colados à parede. O conjunto panorâmico tem, ao todo, 134 metros de comprimento.

— Para pintar os quadros, eu me posicionei no alto do Morro dos Queimados, que é um ponto mais ou menos central da cidade, de onde dá para ver bastante da Zona Norte, da Zona Sul e da Zona Oeste. De lá, eu vejo a Pedra da Gávea e o Corcovado, o Maracanã, a Vista Chinesa, a Floresta da Tijuca, o início da Barra. E, como o Rio não tem uma Zona Leste, retratamos este lado com a Baía de Guanabara — explica ela, que, junto com a equipe do GLOBO-Barra, viu pela primeira vez, na segunda-feira passada, suas obras prontas no mall. — As reproduções estão muito fiéis às telas. As cores ficaram num tom perfeito: nem apagadas, nem fortes demais.

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